quinta-feira, 15 de abril de 2010

A pegada do Vinho


A Quinta do Barreiro vai aderir ao regime de Produção Integrada, fundamental na gestão das nossas parcelas, com um justo dever de retribuição à Natureza que tanto nos ofereceu.

Para isso estamos a desenvolver dois planos para o quinquénio 2010-2015: o plano de conservação do solo e o plano de fertilização.

O plano de conservação do solo consiste na definição das principais manchas de solo da exploração agrícola, através, por exemplo, do seu mapeamento, com indicação para cada mancha de:
• principais riscos associados e respectivos planos de correcção;
• metodologia de preparação do terreno mais aconselhada e práticas
desaconselhadas;
• culturas possíveis para cada tipo de solo, no âmbito do plano de exploração
agrícola, e medidas de prevenção da erosão, baseadas no potencial
de erosão específico de cada mancha.


O plano de fertilização deve equacionar a distribuição de nutrientes para cada cultura ao nível da parcela e ao longo de toda a rotação. O recurso à Manipulação mecânica do solo, que tem lugar para a destruição de infestantes, incorporação de fertilizantes, correctivos ou resíduos das culturas anteriores – afecta bastante a estrutura do solo. Em casos de mobilização intensiva, pode ocorrer compactação do solo, destruição dos agregados e maior susceptibilidade à erosão hídrica e eólica. Em produção integrada da vinha, por exemplo, só é permitida a aplicação de herbicidas na linha ou em aplicações pontuais contra infestantes vivazes de difícil combate.

A fertilização serve para compensar a exportação de nutrientes, evitar perdas e atingir o equilíbrio na rotação nas culturas anuais e o equilíbrio anual nas culturas perenes. O plano de fertilização deve considerar aspectos relacionados com a manutenção e melhoria da qualidade do solo, nomeadamente:

• necessidades nutritivas das plantas, para níveis realistas de produção,
em função das capacidades produtivas, qualidade do solo e possibilidade
de assegurar as restantes operações culturais;
• capacidade do solo para disponibilizar às culturas os diversos nutrientes
de que elas necessitam;
• características dos solos e condições meteorológicas da região,
que influenciam os fertilizantes e técnicas de aplicação a utilizar;
• disponibilidade, origem e composição de matérias fertilizantes
provenientes da própria exploração (estrumes, chorumes, compostos, resíduos de culturas, lamas de depuração, águas residuais).

No plano de fertilização, devem constar os tipos, quantidades, épocas e técnicas de aplicação de correctivos, deve ser revisto periodicamente e basear-se em análises de solos e plantas.

Paralelamente optámos por dar início ao processo para aderir aos Apoios a Regimes de Qualidade, fundamental para compensar os custos acrescidos resultantes da adesão voluntária a regimes específicos de produção de qualidade e que estejam sujeitos a um sistema de controlo e certificação da produção.

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