segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Phytos


A Quinta do Barreiro mais uma vez associa-se a uma iniciativa de alto relevo para a preservação dos ecossistemas.

Os produtos Fitofarmacêuticos têm um papel fundamental no aumento da produtividade das explorações agrícolas salvaguardando as colheitas e garantindo a elevada qualidade da produção. A utilização dos produtos Fitofarmacêuticos na agricultura torna possível rentabilizar as produções agrícolas, através da redução dos prejuízos, permitindo que muitos milhares de hectares se preservem como habitats naturais e garantindo a salvaguarda da biodiversidade.

A aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos merece pois cuidado, exigência e conhecimento. Por isso mesmo cumpre-se, a partir de dia 25 de Novembro a fase final de adaptação dos nossos quadros a esta exigência de formação no curso de Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos a decorrer em Lamego, nos meses de Novembro e Dezembro. Esperamos com isto cumprir um desígnio: responsabilidade económica e ambiental.

domingo, 7 de novembro de 2010

Eleutherios

"Baco" por Guido Reni

Quem nos segue decerto antecipou este balanço de mais um ano. Ano de inverno rigoroso, de boa floração, de ataques sucessivos de míldio e oídio, um verão tórrido, uma vindima sempre alegre. Como se as mãos, que aliviam o peso dos cachos das videiras, fossem de Midas, está todo este vale envolto em açafrão e âmbar, alazarim e coral, mostarda, ocre e ouro. Um ano de aumento de produção, de melhor qualidade, de rejuvenescimento das nossas propriedades, mas também um ano de espera pela concretização dos nossos objectivos que se vão edificando. Nas adegas, e por ora, ainda não na nossa, o vinho está quase pronto a ser provado, o vinho novo, a seiva do chão colhida no acratoforo divino.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Estio


Há cascão junto ao rio, o calor infiltra-se em cada sombra, os bagos de uvas tintas tingem-se, o vento sobra dos lados da Península, o trabalho na vinha amaina, a espera até à vindima é um sufoco. É Agosto na Quinta do Barreiro

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A pegada do Vinho


A Quinta do Barreiro vai aderir ao regime de Produção Integrada, fundamental na gestão das nossas parcelas, com um justo dever de retribuição à Natureza que tanto nos ofereceu.

Para isso estamos a desenvolver dois planos para o quinquénio 2010-2015: o plano de conservação do solo e o plano de fertilização.

O plano de conservação do solo consiste na definição das principais manchas de solo da exploração agrícola, através, por exemplo, do seu mapeamento, com indicação para cada mancha de:
• principais riscos associados e respectivos planos de correcção;
• metodologia de preparação do terreno mais aconselhada e práticas
desaconselhadas;
• culturas possíveis para cada tipo de solo, no âmbito do plano de exploração
agrícola, e medidas de prevenção da erosão, baseadas no potencial
de erosão específico de cada mancha.


O plano de fertilização deve equacionar a distribuição de nutrientes para cada cultura ao nível da parcela e ao longo de toda a rotação. O recurso à Manipulação mecânica do solo, que tem lugar para a destruição de infestantes, incorporação de fertilizantes, correctivos ou resíduos das culturas anteriores – afecta bastante a estrutura do solo. Em casos de mobilização intensiva, pode ocorrer compactação do solo, destruição dos agregados e maior susceptibilidade à erosão hídrica e eólica. Em produção integrada da vinha, por exemplo, só é permitida a aplicação de herbicidas na linha ou em aplicações pontuais contra infestantes vivazes de difícil combate.

A fertilização serve para compensar a exportação de nutrientes, evitar perdas e atingir o equilíbrio na rotação nas culturas anuais e o equilíbrio anual nas culturas perenes. O plano de fertilização deve considerar aspectos relacionados com a manutenção e melhoria da qualidade do solo, nomeadamente:

• necessidades nutritivas das plantas, para níveis realistas de produção,
em função das capacidades produtivas, qualidade do solo e possibilidade
de assegurar as restantes operações culturais;
• capacidade do solo para disponibilizar às culturas os diversos nutrientes
de que elas necessitam;
• características dos solos e condições meteorológicas da região,
que influenciam os fertilizantes e técnicas de aplicação a utilizar;
• disponibilidade, origem e composição de matérias fertilizantes
provenientes da própria exploração (estrumes, chorumes, compostos, resíduos de culturas, lamas de depuração, águas residuais).

No plano de fertilização, devem constar os tipos, quantidades, épocas e técnicas de aplicação de correctivos, deve ser revisto periodicamente e basear-se em análises de solos e plantas.

Paralelamente optámos por dar início ao processo para aderir aos Apoios a Regimes de Qualidade, fundamental para compensar os custos acrescidos resultantes da adesão voluntária a regimes específicos de produção de qualidade e que estejam sujeitos a um sistema de controlo e certificação da produção.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Um lavrador entre tubos de ensaio


É com grande prazer que vos apresento o meu contributo para o mundo da investigação em vinhos. Está publicado em hardcover o livro Red Wine and Health da Nova Scienve Publishers, Inc, de Nova York para o qual colaborei no seu terceiro capítulo.

Este livro reúne os dados publicados que permitem estabelecer a relação entre a composição fenólica e efeitos protectores para a saúde humana, para além de compilar e sugerir guidelines tanto para profissionais das áreas da saúde, no seu contacto diário com as populações, como para a industria vinícola, promovendo novos tipos e estilos de vinhos mais saudáveis.

"Red Wine Phenolics: Reasons for their Variation; pp. 53-90" surge da minha colaboração no REQUIMTE/Servico de Farmacognosia da Faculdade de Farmacia da Universidade do Porto, do qual são igualmente autores as Professora Doutoras Paula Branquinho Andrade e Patrícia Valentão e o Dr. David M. Pereira.

Neste capítulo, as alterações na composição fenólica das uvas, mostos e vinhos foram resumidas, revelando que a casta, as condições edafoclimatéricas, os procedimentos e tecnologias de fermentação, as estirpes de microorganismos usadas no processo de vinificação, o envelhecimento e acondicionamento são dos factores mais importantes nessa transmutação deste produto único, do bago ao copo.

Luís Quinas Guerra

segunda-feira, 29 de março de 2010

O nosso objectivo: Rastreabilidade Financeira


No dia a dia da gestão das empresas agrícolas os empresários necessitam de recorrer a sistemas de informação de gestão que, suportados pelas mais modernas tecnologias de informação e comunicação, assegurem a recolha, armazenamento, processamento e disponibilização de informação que os apoiem nas actividades quotidianas de gestão da exploração.

Se analisarmos a realidade das empresas agrícolas, face às características específicas da actividades realizadas nas mesmas, verificamos que a generalidade das empresas do sector, quando possuem softwares de gestão da exploração, optam por utilizar soluções informáticas construídas especificamente para o sector agrícola, isto é, existem no mercado software houses que trabalham exclusivamente com soluções destinadas a este mercado.

A adopção e utilização de qualquer uma das soluções comercializadas por estas empresas permitirá aos empresários agrícolas desenvolverem a sua actividade com um conhecimento técnico e económico bastante alargado, permitindo suportar processos de tomada de decisão bem informados, com todos os benefícios daí decorrentes. Mais, acreditamos que apenas com o recurso a este tipo de soluções será possível, a prazo, as empresas agrícolas manterem a sua competitividade num mercado cada vez mais global onde o sucesso ou o fracasso estão muitas vezes dependentes do acesso ao conjunto de dados que, no momento oportuno e no formato adequado, aumentam o conhecimento do empresário agrícola e apoiam a sua tomada de decisão.

Por tudo isto, a Quinta do Barreiro associou-se à Isagri e ao Programa Operacional do Potencial Humano, financiado pelo QREN, e passou a usufruir do software Isamargem para gestão agrícola das suas culturas.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Neve


A Quinta do Barreiro pintou-se de branco, o frio deu lugar à neve que agora esconde a terra.


O Inverno chegou em força nos últimos dias mas os trabalhos da vinha, ainda que com grande esforço por parte dos nossos trabalhadores, segue sendo feito.


É a invernia do Douro que as vozes mais vetustas conhecem bem. Vilarinho dos Freires é hoje um pequeno postal de um Portugal que olha maravilhado as proezas geladas que descem levemente das nuvens.