sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Terras com sumo

Vinhedos (imagem picada daqui)


Muito do Douro de hoje é o relexo de uma vivência lenta e sofrida. Vilarinho dos Freires não é excepção. É uma freguesia do concelho de Peso da Régua essencialmente rural, onde por todo o lado surgem vinhedos bem tratatos de gente com um orgulho visceral. Surgiu como um qualquer vilarinho dos tempos de Penaguião e assim se chamou até finais do século XII. A partir daí, acrescentou-se-lhe “dos Freires” com a chegada da Ordem dos Templários, que tiveram na freguesia um mosteiro, de que apenas existe a capela. Vilarinho dos Freires pertencia, em 1840, ao concelho de Canelas, que foi extinto em 31 de Dezembro de 1853, passando a integrar o concelho de Peso da Régua a que hoje pertence.

A Quinta do Barreiro nasce sobre esse terreno fértil em história e lenda. O Santo Sisto que apadrinha o lugar de Santo Xisto, reminiscente do latim Xystus e envolvido pelas nossas propriedades, tem eco noutras paragens do Douro. As nossas uvas amadurecem à sombra do Monte do Castro onde um povoado da Idade do Ferro cresceu dentro e fora de muros, estendido no planalto de Poiares, onde os Romanos mais tarde também se fixariam. Do meio dos bardos observa-se a tríade de colossos que faz do Douro uma singularidade de lonjura, gentes e de trabalho: As Serras de Montemuro, Marão e Alvão.

A Quinta do Barreiro é a marca de uma família no Douro e não desaparecerá enquanto cada muro, videira e oliveira se mantiver estoicamente sob o Sol quente e a Lua amena que todos os dias confirmam a nossa pegada.

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